sábado, 13 de novembro de 2010

COCAÍNA

É um estimulante extraído da planta da COCA (ERYTHROXYLON) cultivada na região Andina da América do Sul. A cocaína apresenta-se, sob forma de pó esbranquiçado, variando de coloração e consistência dependendo das substâncias misturadas a ela. O crak e a merla são derivados mais potentes da cocaína, tendo o primeiro forma de pedras e a merla forma de pasta. A cocaína geralmente é utilizada por via intranasal (aspirada) ou quando dissolvida em água, por via intravenosa (injetada). Não é comum, mas também pode ser usada por via oral. Cocaína em forma de pedra (crak) e pasta de cocaína (merla), são utilizadas por via pulmonar (fumada).

EFEITOS:
O uso da cocaína causa efeitos físicos e psíquicos em suas formas crônicas e agudas. Geralmente o usuário sente aumento do estado de alerta e concentração, aceleração do pensamento, inquietação psicomotora (dificuldade para permanecer parado até quadros mais sérios de agitação), inibição do apetite, mudança de humor para estado eufórico, diminuição da fadiga, irritabilidade e insônia. O medo, a paranóia e a agressividade são muito comuns.

EFEITOS COM O USO MAIS PROLONGADO:

A duração do efeito da cocaína é bastante curta, levando o usuário a repetir o consumo para retornar ao estágio inicial. Durante um período de uso prolongado, o comportamento fica confuso e desorganizado. Surgem reações de pânico, sensação de perseguição e alucinações auditivas e táteis (escutar vozes, ter a sensação de bichos andando pelo corpo e etc). Esse quadro denomina-se “psicose tóxica” e se reverte apenas com a interrupção do uso. O usuário freqüente apresenta sintomas de abstinência como fissura por cocaína, ansiedade, fome, irritabilidade, apatia, depressão, paranóia, idéia suicida, perda do apetite sexual, insônia ou sono excessivo. O uso crônico da cocaína leva a uma degeneração dos músculos esqueléticos, num processo irreversível chamado rabdomiólise.

CAUSAS DE RISCO PARA A SAÚDE:

- A cocaína é uma substância altamente tóxica, que causa danos ao organismo em qualquer quantidade consumida.
- No coração, há um aumento de freqüência dos batimentos cardíacos que pode levar ao infarto e lesões no músculo cardíaco, principalmente na forma injetável.
- A cocaína diminui a circulação do sangue no cérebro, destruindo o tecido cerebral e criando literalmente pequenos buracos. Essas lesões são permanentes, comprometendo as funções intelectuais.
- A elevação da pressão arterial contribui para a ocorrência de hemorragias (sangramentos) em diversas partes do corpo, inclusive no cérebro, possibilitando os acidentes vasculares cerebrais (conhecido como “derrames” e AVC).
- É grande a probabilidade de acontecer uma convulsão durante o uso e o aumento da temperatura do corpo pode ser fatal.
- A cocaína provoca, ainda, dor no peito, dificuldade respiratória além de efeitos gastrintestinais como dores e náuseas.
- Outros problemas são ligados à via de utilização: ruptura do septo nasal, perda do olfato (uso nasal) e infecções tais como hepatite B e C e AIDS (injetável). O uso por inalação (fumar) resulta em complicações respiratórias maiores envolvendo bronquite, tosse persistente, infiltrações, enfisema etc.

COCAÍNA E ÁLCOOL:

Muitos usuários utilizam o álcool para diminuir a ansiedade causada pela cocaína. A mistura das duas substâncias cria no organismo, um composto chamado coquetileno. Este composto é ainda mais tóxicos que as duas drogas separadas!

OBSERVAÇÃO:

Além de todos os riscos aqui citados pelo uso da cocaína, somente os tubarões do pó a usam pura sem misturar outras substâncias. Não podemos esquecer que na maioria das vezes ela está misturada á outras substâncias que também tem seus efeitos e que também causam danos á saúde, tais como: cimento branco, cal, pó de vidro, maisena, farinha de trigo, pó roial, pó de parede em maçada (quando a parede é lixada antes de pintar), entre outras substâncias.

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